A 71º. Assembleia Geral das Nações Unidas - reunida
com a missão de aprovar e traçar os caminhos para o desenvolvimento sustentável
do Planeta até 2030 - já tem muito a comemorar com a confirmação da adesão de
60 países ao Acordo de Paris, resultado final da Conferencia Mundial do Clima
celebrada em Dezembro/2015.
Virão mais
adesões, sem dúvida, até que não seja mais que para seguir o exemplo dos
maiores poluidores do mundo – a China e os EUA – que hoje lideram os esforços
que tentam diminuir a emissão de gases de efeito estufa, principais
responsáveis pelo aquecimento terrestre.
Vai precisar muita coragem e visão humanista para enfrentar a
verdade mais que inconveniente sintetizada no modelo vigente nos últimos 300
anos de produzir riqueza, incorporado
solidamente à nossa “sapiência” política- econômica.
É que, na verdade, o “sistema”, firmemente apoiado na lei férrea dos
mercados, sustenta que é preciso crescer continuamente, a qualquer custo, cada
vez mais, e mais, e mais... Sem limites. Oba! Mais consumo, mais riqueza, mais
uso dos recursos naturais. E nunca está demais
para dar uma mãozinha um cenário global caótico com muita desconfiança,
insegurança, violência, discórdia e conflitos sangrentos, tudo para manterem
aquecidos os mercados de segurança e de armamentos que, ironicamente, são
componentes importantes no modelo vigente.
E que, nos tempos atuais, por incrível que pareça no auge do
conhecimento, da tecnologia e da riqueza global, esta é a única geração capaz de se
autodestruir na longa história do homem na Terra!
Alerta global
Estudos de
conceituados organismos de controle e defesa ambiental são unânimes em afirmar que os gases de efeito de estufa retidos na
atmosfera – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – continuam a registrar
sucessivos recordes de aumento numa alucinante corrida que alimenta uma
sequência de efeitos catastróficos sobre nossa civilização.Recordes de aumento da temperatura terrestre – Agosto do presente ano registrou a maior media registrada desde 1880 - cujos efeitos danosos são perceptíveis na mudança dos ciclos climáticos, secas cada vez mais devastadoras, aumento de acidez das águas dos oceanos, derretimento das calotas polares e dos gelos das alturas, aumento de inundações pelos excessos de chuvas, no acréscimo de doenças do aparelho respiratório e mortes ocasionadas diretamente pelo calamitoso aumento de gases atmosféricos, só para citar alguns dos efeitos mais visíveis. Mas todos eles de efeitos colaterais terríveis que sustentam uma corrente de males nefastos para a continuidade da vida no Planeta.
De tudo, resulta cada vez mais urgente aplicar os
princípios do Programada das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma),
sintetizado na Economia Verde como a
fórmula ideal para mover as engrenagens da riqueza global e que pode ser assim
definida: ”È aquela que resulta em
melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz
significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Ela tem três
características preponderantes: 1) é pouco intensiva em carbono; 2) é eficiente
no uso de recursos naturais e; 3) é socialmente inclusiva”.