terça-feira, 17 de maio de 2016

UMA LUTA GLOBALIZADA


Sem dúvida o saldo de nossa balança comercial parece reviver os tempos áureos da década passada, augurando um alivio importante nas contas externas do Brasil.
Tudo bem se esse resultado fosse acompanhado de um aumento real das exportações, o que, em tradução livre, significa que esse valor é sustentado por o quinteto de ouro das vendas para o exterior: 1) Mais empresas exportadoras; 2) mais produtos com conteúdo tecnológico incorporado; 3) mais mercados e clientes; 4)aplicação continua de esquemas de marketing ajustados à realidade de um mundo repleto de concorrentes que travam uma guerra sem quartel por conquistar fatias dos mercados; 5) comercialização inteligente, moderna, dinâmica - sem as travas de uma burocracia retrograda - e com o suporte de uma logística eficiente.
Na verdade, ainda que o total exportado seja prejudicado pela queda mundial das cotações das commodities-base de nossa pauta, a queda abismal das importações parece ser uma explicação melhor para esse resultado positivo que tanto nos alegra.

Agora, se excetuarmos as commodities, com suas padronizações e regras próprias regidas pelas Bolsas de Mercadorias – as de Chicago, Londres e Hong Kong são as mais influentes - fica para a livre negociação praticamente tudo o demais, permitindo a fixação das condições de comercialização entre vendedores (exportadores) e compradores (importadores), aos quais
 é preciso convencer das vantagens de fazer negócios conosco.

E nesse momento, é que temos que evidenciar (e demonstrar) nossa capacidade de competir com sucesso.

Agora, para ganhar essa preferência, entremeada do conflito natural de interesses, os exportadores precisam estar devidamente preparados para chegar às condições ideais para fechar negócios lucrativos. Precisam, em todo ou em parte, seguir princípios chaves para a competitividade internacional, tal como recomendado pela OMC – Organização Mundial de Comércio - originados de uma eficiente preparação para brigar por uma participação nos mercados globalizados, ou melhor, confirmar a capacidade de competir além-fronteiras.

Essa aptidão tem como base certos princípios, todos intimamente entrelaçados, que servem de orientação eficiente - muito particularmente para nossas empresas industriais pequenas e médias - para aqueles que pretendem participar dos mercados do mundo... e ganhar dinheiro.

Podemos lembrar algumas dessas exigências fundamentais, apenas um mínimo para sinalizar a trilha a ser percorrida:Administração: 1)Todo o processo deve ser controlado e dirigido de forma centralizada; 2) Planejamento: um plano estratégico de exportações deve resumir e servir de guia à atuação internacional da empresa;3) Informação do mercado: O conhecimento prévio do mercado é fundamental; 4) Marketing: Uma apropriada aplicação das ferramentas de marketing deve oferecer apóio direto às vendas; 5) Qualidade\preço: Geralmente, é um binômio de importância crucial; 6) Valor: O valor real – que justifica o preço - é a soma de um conjunto de atributos, que podem incluir, ainda que não exclusivamente, antecedentes, atendimento, características do relacionamento entre as partes, garantias, condições de entrega, embalagem, design, exclusividade, instruções de uso, forma de pagamentos, cuidado com o meio ambiente, etc. 7) Flexibilidade: Em mercados globalizados, em contínua mutação, é preciso manter a mente aberta para possíveis mudanças e adaptações; 8) Parcerias: Não esquecer que aliados – parceiros – internos e externos,  podem ser uma ajuda decisiva para conquistar objetivos e acelerar o crescimento dos negócios; 9) Continuidade: É proibido desistir e não tentar outra vez; 10) Atitude: Sempre positiva, marca registrada dos empreendedores de sucesso.

De tudo, é possível concluir-se que uma excelente posição competitiva integra muitos atributos – citamos apenas alguns - onde nenhum componente pode tem uma cotação muito baixa ou negativa prejudicando, por isso, a harmonia desse círculo virtuoso, promessa de bons negócios, contínuos e lucrativos.


E que essa é a receita do sucesso das empresas vencedoras no comércio internacional.