Sem dúvida o
saldo de nossa balança comercial parece reviver os tempos áureos da década
passada, augurando um alivio importante nas contas externas do Brasil.
Tudo bem se esse resultado fosse acompanhado de um aumento
real das exportações, o que, em tradução livre, significa que esse valor é
sustentado por o quinteto de ouro das vendas para o exterior: 1) Mais empresas
exportadoras; 2) mais produtos com conteúdo tecnológico incorporado; 3) mais
mercados e clientes; 4)aplicação continua de esquemas de marketing ajustados à
realidade de um mundo repleto de concorrentes que travam uma guerra sem quartel
por conquistar fatias dos mercados; 5) comercialização inteligente, moderna,
dinâmica - sem as travas de uma burocracia retrograda - e com o suporte de uma
logística eficiente.
Na verdade, ainda que o total exportado seja prejudicado pela
queda mundial das cotações das commodities-base de nossa pauta, a queda abismal das importações parece ser
uma explicação melhor para esse resultado positivo que tanto nos alegra.
Agora, se excetuarmos
as commodities, com suas padronizações e regras próprias regidas pelas Bolsas
de Mercadorias – as de Chicago, Londres e Hong Kong são as mais influentes -
fica para a livre negociação praticamente tudo o demais, permitindo a fixação
das condições de comercialização entre vendedores (exportadores) e compradores
(importadores), aos quais
é preciso convencer das vantagens de fazer negócios
conosco.
E nesse
momento, é que temos que evidenciar (e demonstrar) nossa capacidade de competir
com sucesso.
Agora, para ganhar
essa preferência, entremeada do conflito natural de interesses, os exportadores
precisam estar devidamente preparados para chegar às condições ideais para
fechar negócios lucrativos. Precisam, em todo ou em parte, seguir princípios
chaves para a competitividade internacional, tal como recomendado pela OMC –
Organização Mundial de Comércio - originados de uma eficiente preparação para
brigar por uma participação nos mercados globalizados, ou melhor, confirmar a capacidade
de competir além-fronteiras.
Essa aptidão
tem como base certos
princípios, todos intimamente entrelaçados, que
servem de orientação eficiente - muito particularmente para nossas
empresas industriais pequenas e médias - para aqueles
que pretendem participar dos mercados do mundo... e ganhar dinheiro.
Podemos lembrar algumas dessas
exigências fundamentais, apenas um mínimo para sinalizar a trilha a ser
percorrida:Administração: 1)Todo o processo deve ser
controlado e dirigido de forma centralizada; 2) Planejamento: um plano
estratégico de exportações deve resumir e servir de guia à atuação
internacional da empresa;3) Informação do mercado: O conhecimento prévio do mercado é fundamental; 4) Marketing: Uma apropriada aplicação das ferramentas de marketing deve
oferecer apóio direto às vendas; 5) Qualidade\preço: Geralmente, é um binômio de importância crucial; 6) Valor: O valor real – que justifica o preço - é a soma de um
conjunto de atributos, que podem incluir, ainda que não exclusivamente, antecedentes,
atendimento, características do relacionamento entre as partes, garantias,
condições de entrega, embalagem, design, exclusividade, instruções de uso, forma
de pagamentos, cuidado com o meio ambiente, etc. 7) Flexibilidade: Em mercados
globalizados, em contínua mutação, é preciso manter a mente aberta para
possíveis mudanças e adaptações; 8) Parcerias: Não esquecer que aliados – parceiros – internos e externos, podem ser uma ajuda decisiva
para conquistar objetivos e acelerar o crescimento dos negócios; 9) Continuidade: É proibido
desistir e não tentar outra vez; 10) Atitude:
Sempre positiva, marca registrada dos empreendedores de sucesso.
De tudo, é possível concluir-se que uma excelente posição competitiva integra muitos atributos – citamos apenas alguns - onde nenhum
componente pode tem uma cotação muito baixa ou negativa prejudicando, por isso,
a harmonia desse círculo virtuoso, promessa de bons negócios, contínuos e
lucrativos.
E que essa é
a receita do sucesso das empresas vencedoras no comércio internacional.