sábado, 5 de novembro de 2016

DESENVOLVIMENTO


 
Dizem que não existe mentira maior que uma meia verdade, que aqui no Brasil costuma ser vistosamente embala em “programas” que - a realidade assim comprova - servem apenas de cortina de fumaça para esconder a falta de um projeto de desenvolvimento que sirva de guia aos esforços de conduzir o País pelo caminho do progresso.

 Esses “programas” estão sempre sujeitos ao vaivém dos interesses políticos do momento ou a pressão de interesses divorciados do bem comum, sem a garantia essencial de continuidade para garantir sua efetividade que, em consequência, passam a fazer parte de um cemitério de mais de 35.000 obras públicas inacabadas que apenas servem para provar  o desleixo e incompetência da governança, alem de cumprir seu papel nefasto de desviar recursos para fins inconfessáveis.

 Então, para suprir essa falha gritante, é necessário melhor, fundamental, unir sociedade, governo, partidos políticos, universidades, empresários, sindicatos, enfim, todas as forças vivas e atuantes para elaborar um PLANO DE DESENVOLVIMENTO que seja o reflexo inequívoco do clamor da imensa maioria do povo brasileiro e, muito especialmente, que transcenda do timing eleitoral, dos governos de plantão assim como dos interesses deste ou daquele partido e da pressão de grupos econômicos poderosos que, deve observar-se, são obstáculos espinhosos que dificultam alcançar os objetivos pretendidos.

 Quem sabe podemos concordar que esse projeto nacional seja um plano de desenvolvimento sustentável, que deve ser  entendido como aquele que considera que o crescimento do Produto Interno Bruto somente significa progresso quando medido pela redução efetiva do abismo social, Em tempo: O Brasil ostenta o triste (vergonhoso) lugar de situar-se entre os 5 países de maior desigualdade de renda entre os 193 sócios da ONU!

 E que, ao mesmo tempo em que estabelece como norma permanente um profundo respeito pelo meio ambiente, como lógica de  sobrevivência, mantêm políticas claras para o crescimento dos setores chaves da economia, sempre de olho para manter o egoísmo natural das forças orientadas pelos mercados no justo calibre do interesse maiores do País, humanizando e transformando positivamente as relações entre o capital, a tecnologia, o governo e o trabalho, num ambiente onde as leis são claras, aplicáveis por uma justiça rápida, eficiente, isenta e respeitada.

 Que também não deixa dúvidas sobre a intenção de estabelecer como permanente a iniciativa por parte da sociedade organizada, reduzindo e transformando, paralelamente, o papel do estado. E que faz do governo uma bem aceitada estrutura, regida por princípios de honestidade, austeridade, eficiência e produtividade, fundamental para manter a inflação, as contas públicas e o endividamento, interno e externo, sob absoluto controle. e assim, obter os recursos imprescindíveis para investimentos verdadeiramente produtivos.

 E, o  mais importante: Que dá a mesma importância à transferência de conhecimentos como a introdução de formas inovadoras para completar permanentemente a educação de cada indivíduo como ser humano-social, em todas as etapas de sua vida, preparando-o assim para cumprir sua missão de agente maior do progresso, do orgulho e do bem estar  da Nação.

 Atrevo-me a pensar que, caso essas sejam as bases de um projeto de desenvolvimento sustentável, forjando um país melhor para os que aqui estão e os muitos que virão. No fundo  até que o produto interno bruto nem precisa crescer muito desde que aumente muito a felicidade interna do povo brasileiro. Que, aqui entre nós, é o que realmente importa.

 Bem, tudo isso na expectativa (esperança) que aqueles que tem poder – político, econômico, social – cumpram seu cometido guiado por princípios de ética e moral, alicerçados no interesse maior do povo brasileiro.

 Assim, tudo é possível.

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário