Dizem que não existe mentira maior que uma
meia verdade, que aqui no Brasil costuma ser vistosamente embala em “programas” que - a realidade assim
comprova - servem apenas de cortina de fumaça para esconder a falta de um
projeto de desenvolvimento que sirva de guia aos esforços de conduzir o País
pelo caminho do progresso.
Esses “programas”
estão sempre sujeitos ao vaivém dos interesses políticos do momento ou a
pressão de interesses divorciados do bem comum, sem a garantia essencial de
continuidade para garantir sua efetividade que, em consequência, passam a fazer
parte de um cemitério de mais de 35.000 obras públicas inacabadas que apenas
servem para provar o desleixo e
incompetência da governança, alem de cumprir seu papel nefasto de desviar
recursos para fins inconfessáveis.
Então, para suprir essa falha gritante, é
necessário melhor, fundamental, unir sociedade, governo, partidos políticos,
universidades, empresários, sindicatos, enfim, todas as forças vivas e atuantes
para elaborar um PLANO DE DESENVOLVIMENTO que seja o reflexo inequívoco do
clamor da imensa maioria do povo brasileiro e, muito especialmente, que transcenda do timing eleitoral, dos
governos de plantão assim como dos interesses deste ou daquele partido e da
pressão de grupos econômicos poderosos que, deve observar-se, são obstáculos
espinhosos que dificultam alcançar os objetivos pretendidos.
Quem sabe podemos concordar que esse projeto
nacional seja um plano de desenvolvimento sustentável, que deve ser entendido como aquele que considera que o crescimento do Produto Interno Bruto
somente significa progresso quando
medido pela redução efetiva do abismo social, Em tempo: O Brasil ostenta o
triste (vergonhoso) lugar de situar-se entre os 5 países de maior desigualdade de
renda entre os 193 sócios da ONU!
E que, ao mesmo tempo em que estabelece
como norma permanente um profundo respeito pelo meio ambiente, como lógica
de sobrevivência, mantêm políticas
claras para o crescimento dos setores chaves da economia, sempre de olho para
manter o egoísmo natural das forças orientadas pelos mercados no justo calibre do
interesse maiores do País, humanizando e transformando positivamente as
relações entre o capital, a tecnologia, o governo e o trabalho, num ambiente
onde as leis são claras, aplicáveis por uma justiça rápida, eficiente, isenta e
respeitada.
Que também não deixa dúvidas sobre a
intenção de estabelecer como permanente a iniciativa por parte da sociedade
organizada, reduzindo e transformando, paralelamente, o papel do estado. E que
faz do governo uma bem aceitada estrutura, regida por princípios de honestidade,
austeridade, eficiência e produtividade, fundamental para manter a inflação, as
contas públicas e o endividamento, interno e externo, sob absoluto controle. e
assim, obter os recursos imprescindíveis para investimentos verdadeiramente
produtivos.
E, o
mais importante: Que dá a mesma importância à transferência de
conhecimentos como a introdução de formas inovadoras para completar
permanentemente a educação de cada indivíduo como ser humano-social, em todas
as etapas de sua vida, preparando-o assim para cumprir sua missão de agente
maior do progresso, do orgulho e do bem estar da Nação.
Atrevo-me a pensar que, caso essas sejam as
bases de um projeto de desenvolvimento sustentável, forjando um país melhor
para os que aqui estão e os muitos que virão. No fundo até que o produto interno bruto nem precisa
crescer muito desde que aumente muito a felicidade interna do povo brasileiro.
Que, aqui entre nós, é o que realmente importa.
Bem, tudo isso na expectativa (esperança)
que aqueles que tem poder – político, econômico, social – cumpram seu cometido
guiado por princípios de ética e moral, alicerçados no interesse maior do povo
brasileiro.
Assim, tudo é possível.
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