quinta-feira, 20 de outubro de 2016

OS 5 IRMÃOS


 
Uma vez mais os principais dirigentes do bloco nominado como BRICS - os presidentes do Brasil, Michel Temer e da Rússia, Vladimir Putin; o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, e os presidentes da China, Xi Jinping e da África do Sul, Jacob Zuma - realizou no último final de semana sua 8ª. Cúpula anual em Goa, Índia.

Temas recorrentes -  os novos cenários para manutenção da paz mundial; mecanismos adicionais para aumentar o ritmo do desenvolvimento sustentável; os esforços para  redução dos gases de efeito estufa;  a necessidade de facilitação do comércio internacional; o compartilhamento de pesquisas avançadas na exploração do espaço cósmico, na produção de alimentos e na geração de energia; o incremento do intercambio positivo nas áreas de saúde, educação, gestão pública, defesa e meio ambiente, entre outros – foram da nutrida agenda que rechearam as negociações entre parceiros unidos num esforço comum de consolidar seu compromisso de construção de um mundo cada vez melhor.

Objetivos comuns

È claro que as negociações,  acordos e detalhes estratégicos mais importantes nem sempre aparecem nos comunicados oficiais, desde que celebrados nos bastidores em encontros apenas entre dois ou três membros ou acertados com anterioridade o que,  na prática, constitui um caminho menos espinhoso para esclarecer diferenças e permitir entendimentos.

No tudo, esses entendimentos permitiram levar a bom termo a extensa agenda de temas chaves para a consolidação do bloco como um parceiro imprescindível e alcançar os objetivos de paz, desenvolvimento e eliminação de desigualdades, tal como prescritos palas Nações Unidas na sua Agenda 2030.

Aliás, vale lembrar que três sócios dos BRICS - China, Índia e Rússia - são potencias atômicas, que abrigam formidáveis forças armadas que protagonizaram sérios antagonismos na década de 1960, colocando a humanidade à beira de uma catástrofe inimaginável.

Ainda é bom insistir que esse grupo pode e deve influenciar na construção de uma arquitetura de cooperação econômica e desenvolvimento que – é bom anotar! - que é negociada, pela primeira vez após a 2ª Guerra Mundial sem a participação  de qualquer dos países do G-7, revelando uma grande independência dos interesses que ditaram o caminho da humanidade nos últimos 300 anos. especialmente os guarnecidos sob o manto protetor das grandes potencias ocidentais.

O BRICS também inova, procurando novas áreas de crescimento, com a integração da União Econômica da Eurásia com a Rota da Seda - criada pela China hà mais de 2.000 anos e cujo papel fundamental  na história da civilização atravessa os séculos como um exemplo notável da importância do comercio na aproximação dos povos -  cruzará o sul e centro da Ásia para chegar até os países da União Europeia, área econômica que rivaliza com os EUA como o maior mercado importador de produtos asiáticos.

O Brasil

Com uma visão clara da grande oportunidade oferecida por uma plateia que reúne os detentores das maiores reservas mundiais - que já superam os 4 trilhões de dólares -  o Governo Brasileiro fez de tudo por convencer seus ilustres pares que o país já superou a travessia tumultuada de um tempo ruim e não pode ser deixado de lado como um destino privilegiado, seguro e lucrativo para novos investimentos.

Em particular, o Brasil busca ampliar sua parceria com China e Índia, dois gigantes que ditam o rumo da nova economia debruçada sobre o Pacífico que compete, com sucesso indiscutível, o caminho tradicional demarcado pelas grandes potencias que dominaram o planeta em séculos passados.
Os “parceiros” prometem muitas e boas novidades para o futuro!

 

 

 

 

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