Pontos para refletir sobre a corrupção:
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Uma verdade inconveniente, cuidadosamente ignorada
pela “historia oficial”, pode ser debitada à exploração desmedida de recursos
naturais – o petróleo tem um lugar de honra – cuja posse nos países do terceiro
mundo, na África, na Ásia e na América Latina, era (é) obtida mediante suborno
(corrupção), prática institucionalizado pelas nações mais poderosas do mundo,
os EUA e o Reino Unido na cabeça.
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No decorrer dos últimos dois séculos esse modo
de obter vantagens e riquezas imerecidas cresceu exponencialmente e, na medida
em que a economia alcançavam níveis superiores, os vetores da moral, da ética e
da família eram esquecidos na voragem do consumismo desenfreado. Assim, não é
de estranhar que a corrupção estenda suas garras peçonhentas por todo o tecido
social, com notória preferência para todos aqueles que, de um modo ou outro,
detém poder ou influência nas decisões que podem alimentar a ganância e o poder
desses órfãos de bons princípios.
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Toda sociedade corrupta sacrifica a camada mais
pobre de sua população desde que, proporcionalmente, ela é mais dependente dos
serviços públicos. Então, fica mais difícil suprir todas as necessidades
sociais (infraestrutura, saúde, educação, mobilidade, previdência, etc.) se os
recursos são divididos entre a área natural de atendimento e os traficantes de
influência e beneficiários ocultos dos recursos disponíveis.
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Não existe país com corrupção zero, embora os
países ricos e democráticos tenham menos corrupção, tanto por que sua população
é mais esclarecida acerca de seus direitos como pelo elevado grau de c
transparência na sua governança, tanto pública como privada. Em realidade,
quando o governo e as empresas não têm clareza na sua administração, é mais
provável que as práticas desonestas sejam frequentes e fortemente nocivas para
a sociedade.
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A corrupção está presente com maior evidência em
países não democráticos e do terceiro mundo e, infelizmente, está geralmente presente
nas três esferas do poder, executivo legislativo, e judiciário. O jogo de
interesse dos corruptos atinge o todo, frequentemente amparados pelas
incongruências das leis, o excesso de burocracia e a quase certeza de
impunidade.
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Ainda assim, é bom esclarecer que países ricos e
democráticos podem guardam o lado obscuro de suas atividades “fora de casa”,
como o Reino Unido criticado pela falta de transparência nos seus territórios
ultramarinos: Das cerca de 214.000 empresas representadas pelo escritório de
advocacia panamenho Moçasse Fonseca, no coração do escândalo dos "Panamá
Papers", mais da metade está domiciliada nas Ilhas Virgens Britânicas.
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Na apertura da Cúpula Anticorrupção, realizada
em Londres, em Maio\2016, o (ex) primeiro-ministro britânico, David Cameron afirmou: “A corrupção é um câncer que aniquila
nossas vidas e que, por desgraça, é ainda um tabu internacional”.
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"Porque
ela destrói o Estado-nação, a corrupção é tanto um inimigo quanto os
extremistas que estamos combatendo", declarou, por sua vez, John Kerry
secretario de estado americano, presente no encontro que reuniu representantes
de mais de 70 países.
Enfim, não esquecer que, esculpidas em jade sobre um mural
emblemático no Templo do Céu próximo da encosta Sul do Himalaia, erigido em
homenagem a Confúcio, brilham as palavras plenas de sabedoria do grande mestre
refletidas nas cores douradas do pôr do sol: “Só os homens nobres (em termos morais) deve governar e devem rodear-se
de homens virtuosos. As ações do homem nobre no estado e na sociedade são
expressão de sua moral e de sua obediência filial, adquiridas mediante a
prática constante”.