Os “grandes” desse nosso mundo globalizado - que ainda procura
um caminho que atenda as necessidades e anseios de seus mais de 7,1 bilhões de
habitantes - agrupando as 19 nações mais ricas do mundo mais a União Européia
que somam, em conjunto, 85% do poder econômico planetário e, por isso por
inércia, podem ditar as regras para toda a humanidade, voltaram a encontrar-se
na cúpula anual do grupo em Brisbane, Austrália, na metade do mês de novembro
de 2014.
Bom para a paz e a convivência entre nações que abrigam
interesses gigantescos nem sempre coincidentes e que precisam de esforços
colossais de diplomacia e dialogo para chegar a um consenso. O papel de vilão
ficou com a Rússia, reflexo de suas tropelias na Ucrânia que mereceram a
repulsa dos participantes à reunião.
De concreto, entre afagos e apertos de mão de praxe, os
lideres concluíram a necessidade de promover o desenvolvimento global, no
mínimo numa taxa anual de 2,1% até 2020. Objetivo, na verdade modesto, e com o
qual todos podiam concordar sem maiores comprometimentos!
Outro acordo importante foi para fortalecer as instituições
financeira,em parte buscando impedir a repetição do cataclismo bancário de 2008 e, ao mesmo
tempo, acelerarem-se os esforços para aumentar a transparecia das regras de
tributação para tentar pôr um freio adicional à sonegação fiscal, mal que
aflige todos os países e que explica, em parte, que 12% da riqueza mundial façam
a alegria dos 64 paraísos fiscais reconhecidos pela ONU.
Já existe consenso sobre esse
espinhoso tema - finalmente a China concordou em colaborar- e o presidente Obama
enfatizou sua importância declarando: “0s
lucros das empresas devem ser taxados onde as atividades econômicas têm a sua
base, e onde é acrescentado valor, e não num outro país, pagando menos
impostos. Alcançar isso por todos é prioridade máxima”.
Para o ano 2015, o G20 espera concluir o plano em
curso com a OCDE, que prevê a modernização das regras fiscais a nível
internacional, de modo a combater um fenômeno que é global mas que cada país
administra à sua maneira, gerando assim oportunidades e brechas para os grandes
sonegadores.
Também, noutro acordo que abre múltiplos
caminhos de cooperação e cientes de que a economia não pode prescindir de sua
função social, medidas especiais são recomendadas para universalizar o acesso à
energia e à educação.
Já dizia
Gandhi em 1948:” Os países pobres não
querem esmola. Querem penas acesso mais justo aos mercados dos mais ricos”
No final,
na foto oficial, os rostos sorridentes parecem afirmar: Olha, pode acreditar em
nós. Vamos cumprir os compromissos assumidos e manter a paz!
Sem esquecer
que estavam presentes seis potencias nucleares – Rússia, EUA, China, Índia,
Reino Unido e França de cujo consenso depende, em grande parte, o futuro
pacífico da humanidade.