Os
mais sábios afirmam que as crises são cíclicas, inevitáveis e servem para pôr a
prova o direito real do homem à sobrevivência. Têm, para muitos, o efeito de
uma capina de proporções gigantescas,
que vai possibilitar o desenvolvimento sadio da
planta-mãe da prosperidade.
As turbulências da
nova ordem mundial, que têm seu tripé de sustentação na tirania dos mercados,
nos interesses ocultos no processo de globalização e na filosofia materialista
do neoliberalismo, estão delineando a forma do jogo econômico para os próximos
anos, onde todos dependem de todos, numa espécie de um imenso carrossel onde o equilíbrio é obtido na sincronização
do movimento.
Hoje,
países da periferia dos grandes centros
de decisão mundial, como todos os da América Latina, devem pagar o preço das loucuras da má gestão
financeira de alguns, das estrepolias políticas de outros e da volatilidade de
uma massa de recursos equivalentes a 10 vezes o PIB mundial, que sem rumo fixo,
procura apenas o lucro, “duela a quién duela”.
Evidentemente, os mais fracos -
países, empresas e pessoas-- são os que pagam a maior parte da conta da
ineficiência mundial em formular e adotar sistemas seguros de convivência
econômica/financeira.
No
Brasil, as Pequenas & Médias Empresas (P&M), vão continuar a pagar uma
parte dessa colossal fatura, na forma de barreiras para colocar seus produtos
nos grandes mercados; na falta de financiamentos adequados às suas
características e necessidades; na ganância sem ética dos juros além de qualquer
lógica; na perda de mercados e na burrice do sistema impositivo.
É
um sistema que se alimenta das crises que provoca e que, entre outros males,
fulmina a sobrevivência da maioria dos empreendedores
Uma alternativa ao alcance das
P&M – já que pouco ou nada pode esperar-se de ações efetivas do governo - é
continuar a enfrentar bravamente esses terríveis obstáculos, que até podem ser
entendidos como o estado podem ser entendidos como o natural das ocorrências da
economia e, sem desanimar, pagar o pedágio inevitável para a sobrevivência, cujo valor é nossa capacidade de competir.
E, a
partir da compreensão da necessidade de participar e ganhar o desafio da
competitividade, vista aqui como um conjunto de atributos de excelência
empresarial - visão de negócios; informação; especialização; inovação; gestão
eficiente; comunicação; diferenciação; marketing; relacionamento; criatividade e lucratividade – as
P&M têm ferramentas para crescer com segurança e alcançar um papel de
relevância nas guerras dos mercados.
Ou, em
outras palavras: se a competitividade é
condição “sine-qua-non” para o
crescimento das grandes empresas, para as P&M deve ser entendida como uma questão crucial,
prioritária e definitivamente necessária.
Algo assim como: em tempos difíceis,
o primeiro mandamento é sobreviver; o segundo, aceitar o desafio da
competitividade como uma batalha pessoal
a ser vencida; o terceiro, estar atento
as oportunidades; o quarto, jamais deixar que o pessimismo obscureça nossa
perspectiva da realidade e roube energias preciosas, tão necessárias para
atingir os objetivo de vitória.
Tem mais:
a competitividade tem como base um estado do espirito do
empresário-empreendedor. Algo que também
podemos definir como a ousadia de querer fazer sempre mais e melhor.