Pouco mais de 21.000 organizações brasileiras são as que participam
como exportadoras do comércio exterior do país, sendo aproximadamente 6.000
classificadas como grandes empresas que respondem por mais de 80% das vendas ao
exterior.
Outras 15.000, pequenas e médias,
completam o time daqueles que preferem enfrentar os desafios de competir lá
fora e deixar de lado o aparente “conforto” de lidar apenas com os problemas -
que são de matar, convenhamos! – de trabalhar apenas no mercado interno. Que também
é muito, mas muito bom mesmo!
Mas, se isso por um lado pode parecer bom, na realidade é
muito pouco. Num país como o Brasil, o passaporte para o crescimento passa, quase
que obrigatoriamente, na participação ativa no comércio globalizado
considerado artéria vital do desenvolvimento sustentável do ponto de vista
econômico.
Por outra parte, de um ponto de vista generalizado e
avaliando apenas características gerais de produção, de mercado e tecnológicas,
esse exército de empresários podia ser entre três a quatro vezes maior, pondo a
cara e os produtos do Brasil pelo mundo afora. Bem, pelo menos essa é a opinião
do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - que
tem sido, nos últimos 10 anos, um dos principais incentivadores para o aumento
da participação brasileira nos mercados externos.
Um pouco de história
Uns cinqüenta anos
atrás quando iniciávamos timidamente o caminho para exportar algo mais que apenas
café, cacau, banana, açúcar e madeiras, os primeiros pioneiros - bravos
empresários empreendedores - saíram pelo mundo para tentar vender produtos
manufaturados brasileiros. E vale um registro histórico, prova de visão, coragem
e audácia, exemplificado por Horacio Coimbra, então presidente de Café Cacique,
de Londrina quem, quebrando paradigmas, partiu na aventura de vender café
solúvel nos já exigentes mercados externos. Ou seja, um produto industrializado,
com valor agregado.
Nessa missão, em 1962
fez a primeira – depois foram corriqueiras – viagem à China! Em tempo: Isso foi no tempo de Mao, em plena
guerra fria, quando os atritos entre as grandes potencias pareciam conduzir ao
holocausto nuclear e quando as “boas empresas”, para serem bem vistas, deviam
seguir o figurino americano-ocidental. E não é que fez o aparentemente impossível:
Abriu as portas para o Brasil daqueles que desde 2009 é nosso maior sócio
comercial. E que, para 2015, deverá ser o maior mercado do mundo!
Pouco mais de 10 anos depois –não existe relação visível com
o fato anterior - – em 1973 o governo brasileiro deu um passo inacreditável
para o saber convencional tupiniquim, organizando e promovendo a 1ª. FEIRA de
Produtos Brasileiros no Exterior no Palácio das Nações, em Bruxelas. Foi outro
feito histórico, sendo que por primeira vez o país adota uma posição oficial: Para
exportar, é preciso investir, divulgar e promover. Depois, vender.
Benefícios indiscutíveis
Vender no exterior é o caminho natural para a
competitividade e a excelência. Empresas exportadoras são empresas competitivas
e, de muitos modos, trilham o caminho da excelência.
A exportação potencializa um conjunto de exigências que são
a base para um crescimento sustentável, fortalecendo a segurança, a
rentabilidade e a continuidade do negócio porque exige dar atenção especial a componentes
chaves de gestão competitiva, como administração de custos, treinamento,
qualificação, inovação, informação, qualidade e marketing, por citar
apenas o essencial.
O que, convenhamos, são requisitos fundamentais para ganhar também
posições em casa! Ou melhor dito: A exportação é uma chave de ouro para o
sucesso no mercado brasileiro!
Dúvidas? E só indagar e pesquisar a trajetória de qualquer
empresa exportadora e verificar o “antes” e o “depois”.
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