terça-feira, 13 de outubro de 2009

PROFECIAS



Visionário, o então presidente da Korea do Sul, Park Chung-hee´s, afirmava, em 1980, na conferência de apertura da (ASEAN – Associação de Nações do Sudeste Asiático:"O Século XXI será o século do Pacífico. Desde já, as poderosas nações ocidentais podem preparar-se para uma revolução que sacudirá os alicerces da economia mundial e mudará, quem sabe para sempre, o equilibro do poder”.

Proféticas palavras! Catapultados pela “nova revolução econômica” da China, iniciada em 1978, e no meio do turbilhão econômico que balizaram as décadas seguintes e que estavam mudando as reglas do jogo do poder, passou quase despercebido que o caminho para as terras do dragão não assinalava apenas uma mudança nos padrões de participação nos fluxos internacionais do comercio mas, fundamentalmente, a conclusão de todo um processo histórico de edificação de um mercado, no qual Asia estava lutando, obstinamente, por ocupar o lugar principal.

Vale lembrar, por outro lado, que o fator China é decisivo para explicar essa expressiva mudança de rumo no comércio exterior, agora sim globalizado, que se desloca do Atlântico – liderado por Europa/EUA – para o Pacífico, onde desponta indiscutivelmente um novo poder globalizador.

Na verdade, isso confirma nossa visão de que temos que dar cada vez mais atenção aos países asiáticos e, muito particularmente, à China, da qual esperamos muitas notícias muito positivas para nosso país nos tempos que virão.

Para irrigar esse comercio, o Banco da China, um dos maiores do mundo, abre em São Paulo sua primeira agência na América do Sul, ao mesmo tempo em que Pequim prepara linhas de financiamento acima de US$ 11 bilhões para o Brasil, que não é mais que uma pequena parte daquilo que o gigante asiático pretende investir/financiar/emprestar ao "grande amigo" sul-americano.

Em tempo: com a mirada no futuro, os governos brasileiro, chileno e boliviano assumiram um compromisso de terminar, o mais rapidamente possível. o chamado corredor interoceânico, que ligará os portos de Arica e Iquique, no norte do Chile, ao porto de Santos, em São Paulo, passando pela Bolívia.

E pensando em nossos empreendedores&exportadores, desponta um fato indiscutível quando percebemos que entre 300 até 400 milhões de chineses – com destaque para “elas” - podem tranquilamente ser incluídos entre os consumidores de classe média, o que representa umas cinco vezes o seu equivalente brasileiro.


E, fundamental:a demanda de produtos ocidentalizados desses “novos ricos” abre oportunidades gigantescas para as empresas brasileiras no planejamento, organização, design, produção, vendas e marketing para tudo o que leva a estampa "Made in Brazil".