Forças
gigantescas pugnam pela supremacia global, num mundo onde a única certeza é que
tudo deve mudar. No horizonte apenas perceptível dos tempos que virão e buscando
acalmar a inquietude dos mais afoitos para decifrar os signos dos Oráculos para
tentar predizer o futuro, nada melhor que fazer uma síntese de alguns poucos
aspectos que, de um modo ou outro, vai contribuir para demarcar o futuro. E,
para alguns, até pode ser bom para aprimorar sua postura como inquilinos temporários do Planeta Terra:
Vivemos num mundo de complexidade crescente, distorções avassaladoras e
paradoxos inexplicáveis. Isso, em síntese, colabora para aumentar a insegurança material, social e psicológica
dos seres que transitam por este atribulado pedaço do universo.
Muitos acreditam que estão presos a um sistema cultural, social, político,
econômico e financeiro que não entendem, não desejam e não atende suas
expectativas. Conseqüentemente, precisa
mudar. A grande dúvida é como mudar
e para onde.
As 500 maiores multinacionais {empresas, conglomerados, entidades} são as
verdadeiras detentoras do poder globalizante. Essa fantástica concentração de
força permite decisões centralizadas que podem mudar, a sua vontade, o curso da vida de muitos povos da
terra e de bilhões de pessoas.
Desde o
princípio dos tempos conhecidos, de um modo ou outro, os mais fortes impuseram sua vontade sobre os mais
fracos.
Um novo colonialismo veste a aparência do
conhecimento, da tecnologia, das patentes, dos direitos de quem chegou (o fez)
primeiro. Persistentemente, com outra roupagem, recria o passado e pode
considerar-se como um dos grandes perigos
que assombra o futuro dos países emergentes.
Nos países mais ricos, é natural que grande parte de
seus habitantes tenha a esperança de desfrutar de um ganho adequado e
crescente. Esse segmento da população habitua-se a que isso é perfeitamente
natural, condicionando assim seus desejos e expectativas a esse modo de ver sua
existência. Assim sendo, existe uma forte habituação à ideia de consumos
continuamente crescente, conceito matriz de um dos credos sagrados do sistema
capitalista-liberal: Mais de tudo, sem limites.
Se nos próximos 50 anos toda a humanidade tivesse o
mesmo padrão de consumo que desfrutam os países mais desenvolvidos, seriam
necessárias 5 ou 6 Terras para satisfazer as demandas geradas por essa
opulência. E o Planeta, tal como o conhecemos hoje, seria totalmente devastado,
fazendo praticamente impossível a vida.
É preocupante a semelhança, no mundo todo, entre
os erros nefastos cometidos pelas lideranças políticas e os gestores econômicos
nos últimos 300 anos e a crise que assola o mundo nesse começo de Século XXI. Nunca aprenderemos?
A História ensina que na guerra, na política e
na economia, as primeiras vítimas são a verdade e a inocência.
Inevitavelmente, tudo muda. Apenas não sabemos quando e como isso vai acontecer.
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