quinta-feira, 18 de agosto de 2016

PARA NÃO ESQUECER


Forças gigantescas pugnam pela supremacia global, num mundo onde a única certeza é que tudo deve mudar. No horizonte apenas perceptível dos tempos que virão e buscando acalmar a inquietude dos mais afoitos para decifrar os signos dos Oráculos para tentar predizer o futuro, nada melhor que fazer uma síntese de alguns poucos aspectos que, de um modo ou outro, vai contribuir para demarcar o futuro. E, para alguns, até pode ser bom para aprimorar sua postura como inquilinos temporários do Planeta Terra:

Vivemos num mundo de complexidade crescente, distorções avassaladoras e paradoxos inexplicáveis. Isso, em síntese, colabora para aumentar a insegurança material, social e psicológica dos seres que transitam por este atribulado pedaço do universo.

Muitos acreditam que estão presos a um sistema cultural, social, político, econômico e financeiro que não entendem, não desejam e não atende suas expectativas. Conseqüentemente, precisa mudar. A grande dúvida é como mudar e para onde.

 As 500 maiores multinacionais {empresas, conglomerados, entidades} são as verdadeiras detentoras do poder globalizante. Essa fantástica concentração de força permite decisões centralizadas que podem mudar, a sua vontade, o curso da vida de muitos povos da terra e de bilhões de pessoas.

 Desde o princípio dos tempos conhecidos, de um modo ou outro, os mais fortes impuseram sua vontade sobre os mais fracos.

Um novo colonialismo veste a aparência do conhecimento, da tecnologia, das patentes, dos direitos de quem chegou (o fez) primeiro. Persistentemente, com outra roupagem, recria o passado e pode considerar-se como um dos grandes perigos que assombra o futuro dos países emergentes.

Nos países mais ricos, é natural que grande parte de seus habitantes tenha a esperança de desfrutar de um ganho adequado e crescente. Esse segmento da população habitua-se a que isso é perfeitamente natural, condicionando assim seus desejos e expectativas a esse modo de ver sua existência. Assim sendo, existe uma forte habituação à ideia de consumos continuamente crescente, conceito matriz de um dos credos sagrados do sistema capitalista-liberal: Mais de tudo, sem limites.

Se nos próximos 50 anos toda a humanidade tivesse o mesmo padrão de consumo que desfrutam os países mais desenvolvidos, seriam necessárias 5 ou 6 Terras para satisfazer as demandas geradas por essa opulência. E o Planeta, tal como o conhecemos hoje, seria totalmente devastado, fazendo praticamente impossível a vida.

É preocupante a semelhança, no mundo todo, entre os erros nefastos cometidos pelas lideranças políticas e os gestores econômicos nos últimos 300 anos e a crise que assola o mundo nesse começo de Século XXI. Nunca aprenderemos?

A História ensina que na guerra, na política e na economia, as primeiras vítimas são a verdade e a inocência.

Inevitavelmente, tudo muda. Apenas não sabemos quando e como isso vai acontecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário