O presidente
Obama na ocasião das homenagens ao Dia da Mãe Terra, em 22 de Abril, afirmou
que “o aquecimento global é um dos mais
graves problemas que enfrenta a humanidade”, enfatizando que 2014 foi o ano
mais quente registrado na Terra desde 1880, ano do início dos registros
climáticos.
Reconhecendo
sua responsabilidade, a China e os EUA - os dois maiores poluidores do Planeta e
máximos responsáveis do efeito estufa – chegaram a um acordo histórico
aprovando um plano conjunto para reduzir para níveis de 1990 suas emissões nos
próximos 20 anos.
Isso, em
outras palavras, ao mesmo tempo em que significa uma redução no modo de
produzir energia derivadas do carvão e do petróleo - os dois maiores agentes
isolados responsáveis pela elevação da temperatura terrestre – assinala a
necessidade de promover fontes alternativas, não emissoras de gases nocivos,
tanto para substituir parte de nosso modo predador de produzir riqueza como
para atender o crescimento forçoso da demanda.
Existem
fundadas esperanças para resultados positivos da Conferência Mundial do Clima
que será realizada em Paris em Dezembro, da qual se espera um novo pacto global
na forma de um compromisso formal para reduzir a emissão de gases e controlar
ações que são um atentado claro à preservação ambiental.
No seu recente relatório
anual, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela que
os gases com efeito de estufa retidos na atmosfera – dióxido de carbono, metano
e óxido nitroso - atingiram um novo recorde em 2013, continuando a corrida que
alimenta uma sequência de efeitos catastróficos sobre a civilização
(despreocupada?) que desfruta das benesses do Planeta Terra em esse Século XXI.
Efeitos que mostram seus danos nas secas cada vez
mais devastadoras, no aumento de acidez das águas dos oceanos, no derretimento
das calotas polares e dos gelos das alturas, no aumento de inundações pelos
excessos de chuvas em determinados locais, no aumento de doenças do aparelho
respiratório e na extinção ou escassez de espécies animais, só para citar os
mais visíveis. Mas todos elesde efeitos colaterais que sustentam uma corrente
de males calamitosos para a continuidade da vida no Planeta.
"O CO2
permanece na atmosfera durante muitas centenas de anos e nos oceanos ainda mais
tempo. As emissões passadas, presentes e futuras terão um impacto cumulativo
tanto no aquecimento global como na acidificação dos oceanos", afirma
Michel Jarraud, secretário-geral da organização.
De tudo, resulta
cada vez mais urgente aplicar os princípios do Programada das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), sintetizado na Economia Verde como a fórmula ideal para mover as engrenagens da
riqueza global e que pode ser assim definida: ”È aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade
social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a
escassez ecológica. Ela tem três características preponderantes: é pouco
intensiva em carbono, eficiente no uso de recursos naturais e socialmente
inclusiva.”.
Bem, nos últimos 300 anos de nossa Era
Industrial, muito pouco disso foi lembrado e aplicado no vórtice de um sistema
que exige continuamente mais e mais: Mais
produção, mais consumo, mais riqueza para
atender os anseios dos mercados sempre em procura do máximo. Sem limites!
Só que a Terra começa a mostrar seus limites!
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