No fundo, no fundo mesmo, uma guerra nem sempre reconhecida
pela despreocupada sociedade de consumo desvairado que predomina nesse início
de Século XXI. Mas que oculta os germes
vorazes embalados no marketing do “mais
de tudo, cada vez mais”, que podem destruir – e até eliminar – nossa
civilização tal como a conhecemos e desfrutamos tão indolentemente,
Coitado do Planeta!
Coitada da Mãe Natureza! Sozinhos (quase) para preservar o essencial da
vida das próximas gerações resistindo ao colossal empurrão dos grandes
interesses, quase sempre acobertados em (aparentes) bons propósitos fartamente
divulgados e promovidos para fazer parte do saber convencional!
Mas as sirenes de alarme estão soando tão estrondosamente
que as lideranças mundiais começam acordar para sua grande responsabilidade de
comandar as ações necessárias para evitar a colapso do meio ambiente global,
dando sinais claros da seriedade de seu compromisso iniciando com 2,3 bilhões
de dólares a “coleta” para atacar os problemas climáticos, promovida por Ban
Ki-moon, Secretário Geral da ONU na Cúpula Mundial do Clima realizada em Nova York.
Na ocasião, os dois maiores poluidores da Terra, China e
EUA, responsáveis por praticamente 50% da emissão de gases de efeito estufa, principal
responsável pelo aquecimento global, concordaram em estreitar sua cooperação,
em todos os níveis, para diminuir essa ameaça. , tal como reconheceu o
presidente Obama:” A ameaça urgente e
crescente da mudança climáticas é uma questão que marcará este Século de modo
mais espetacular de que em todos os outros. Temos que agir”.
Também, o enviado especial do presidente da China, o vice primeiro ministro Zhang
Gaoli, que se reuniu com o presidente Obama, afirmou: “A China, o maior país em vias de desenvolvimento e os EUA, a maior. economia
do mundo, têm importantes deveres na proteção do meio ambiente e, apesar de
suas diferenças, os dois países devem trabalhar juntos para dar impulso aos
esforços internacionais destinados a lidar com a mudança do clima”.
Os dois líderes
concordaram que, pelo menos, a cooperação, a tecnologia e a vontade política
devem aparecer em sete áreas prioritárias: na redução de dióxido de carbono
proveniente de veículos; na construção de mais redes inteligentes de
abastecimento de eletricidade; no aumento da captura e armazenagem de carbono;
na coleção e gestão de dados sobre emissões; na eficiência energética das
atividades industriais; na redução de emissões nos fornos industriais; e nas
atividades florestais e afins. Tudo, sem esquecer a cooperação imprescindível de
um aumento substancial no uso de energias renováveis e outras tecnologias de
baixo consumo de carbono.
No discurso de
abertura da reunião em Nova York, onde são esperados anúncios de compromissos
que facilitem a conclusão de um: acordo na conferência internacional convocada
para dezembro de 2015 em Paris, Bem Ki-moon não deixou por menos, enfatizando: ”A mudança climática é a questão crucial
de nossa era. Está definindo nosso presente. Nossa resposta definirá nosso
futuro”.
Entre as grandes nações do mundo deve assinalar-se que o
Brasil já tem registrado avanços notáveis no combate ao aquecimento global,
somando um formidável avanço na produção de energias renováveis, na
participação de combustíveis não poluentes no transporte – o álcool e os
biocombustíveis são um exemplo mundial – na proteção das florestas e, não menos
importante, na conscientização crescente da necessidade de ações firmes e
continuas para a preservação ambiental.